Economia

Guerra de taxas: ETF de Ethereum da VanEck terá taxa zero

Assim como ocorreu com os ETFs de Bitcoin (BTC), as gestoras dos futuros ETFs de Ethereum iniciaram sua “guerra de taxas”. Quem deu o pontapé inicial foi a VanEck, que anunciou a isenção de taxa de administração sobre seu ETF.

Logo depois que a VanEck apresentou o Formulário-8A para seu ETF de Ethereum na terça-feira (25), outro pedido sugeriu que a gestora abrira mão de cobrar taxas. De acordo com o documento, a isenção de taxas iria até 2025, ou até que os ativos atingissem US$ 1,5 bilhão – o que ocorrer primeiro. A empresa não especificou qual período de 2025.

Os analistas esperam que os ETFs de Ethereum cheguem nas bolsas dos Estados Unidos em 2 de julho, mas a guerra de taxas já começou. Essas taxas são cobradas anualmente e servem como uma maneira de remunerar o trabalho dos gestores de cada ETF.

ETFs que apenas acompanham o preço de um índice ou ativo específico tendem a cobrar taxas de administração menores, enquanto ETFs com gestão mais ativa cobram mais caro.

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VanEck busca liderança nos ETFs de Ethereum

Matthew Sigel, chefe de ativos digitais da VanEck, descreveu a abordagem estratégica da empresa para ETFs de criptomoedas. O executivo disse que a gestora “pretende ser líder em taxas de ETF nesse setor, mesmo que isso signifique perder dinheiro no início”.

Sigel acrescentou ainda que o plano é “compensar o volume; neste caso, volume financeiro descentralizado”. Ou seja, a VanEck pretende abrir mão do dinheiro das taxas, mas ganhar com o grande volume de negociação esperado para o ETF.

Além disso, Sigel afirmou que a VanEck também está explorando investimentos em projetos de finanças descentralizadas (DeFi) baseados em Ethereum, como Aave e Curve.

Nova guerra de taxas

Atualmente, VanEck e Franklin Templeton são os únicos emissores que declararam as taxas para os ETFs de Ether. Enquanto a VanEck zerou as taxas, a Franklin Templeton afirmou que cobraria uma taxa de 0,19% ao ano.

O analista de ETF da Bloomberg Intelligence, Eric Balchunas, disse que os emissores geralmente não divulgam sua estrutura de taxas até o final do período de lançamento. Além disso, o analista disse que as demais gestoras aguardam a posição da gigante BlackRock, que também não divulgou as taxas do seu ETF de Ethereum.

“O que a BlackRock vai cobrar é provavelmente a variável mais importante. Sua taxa é o eixo em torno do qual o resto precisará orbitar”, disse Balchunas.

A remoção do recurso de staking dos ETFs seria um fator crucial na decisão sobre as taxas do ETF. Com investimentos diretos em Ether, os investidores podem obter um rendimento adicional de 3% em staking. Sem os rendimentos do serviço, os emissores de ETFs terão que fazer um esforço extra para atrair investidores para investir nesses fundos.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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