Economia

Executivo da Robinhood pode substituir Gary Gensler na presidência da SEC

A eleição para presidente dos Estados Unidos ocorrerá apenas em novembro, mas as especulações a respeito da formação do governo começam. Uma das mais recentes sugere que o diretor jurídico (CLO) da corretora Robinhood, Dan Gallagher, poderia substituir Gary Gensler como presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC.

No entanto, a condição só se manterá se Donald Trump garantir a vitória nas próximas eleições presidenciais. Caso isso aconteça, fontes anônimas indicam que o candidato do partido Republicano indicaria Gallagher.

A Robinhood despontou como uma das corretoras mais pró-criptomoedas, liberando negociações de Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e outros nomes. Sua popularidade cresceu a partir de 2021, quando a empresa virou a plataforma favorita dos traders que negociam as chamadas “ações-meme”, como a GameStop.

Sai Gensler, entra executivo da Robinhood

A especulação de Gallagher na presidência da SEC reflete o contexto do crescente apoio de Trump à indústria das criptomoedas. O ex-presidente já afirmou que pretende criar um ambiente regulatório favorável ao setor nos EUA.

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Notavelmente, os recentes comentários públicos de Donald Trump refletem a frustração dos investidores com as rigorosas medidas regulamentares da administração Biden sobre ativos digitais. Essa postura foi seguida à risca por Gensler, que abriu vários processos contra empresas do setor, incluindo as gigantes Binance e Coinbase.

Como resultado, várias empresas passaram a deixar os EUA e estabelecer sua sede em outros países com legislações mais amigáveis às criptomoedas. Trump deseja reverter esse movimento e também disse que os EUA deveriam ser um “líder na área”.

Dan Gallagher expressou sua honra por ter sido considerado para o cargo de presidente da SEC em uma potencial administração Trump. “Tive o privilégio de atuar em várias funções na SEC, inclusive como comissário”, observou Gallagher. Ele enfatizou o seu compromisso em promover o acesso ao mercado e garantir que os EUA permaneçam na vanguarda da inovação financeira.

Além do executivo da Robinhood, outros nomes especulados para a presidência da SEC num eventual governo Trump II estão Christopher Giancarlo e Heath Tarbert, que já ocuparam o cargo. Além disso, Paul Atkins, ex-comissário da SEC, tem aparecido nas conversas.

Impacto regulatório da mudança na SEC

No início deste ano, Eleanor Terrett, jornalista da FOX, sublinhou as potenciais implicações para o mandato de Gensler se Trump assumir o cargo. O mandato de Gensler na presidência da SEC termina em junho de 2026, mas a eleição de Trump pode abreviar o mandato.

De acordo com Terrett, Gensler pode renunciar ao cargo se Trump for reeleito visando evitar atritos com o novo presidente. Mas se o atual mandatário Joe Biden permanecer no poder, aí Gensler teria mais tranquilidade para concluir o mandato.

Esta dinâmica sublinha a natureza política das nomeações para a SEC, reflectindo muitas vezes a posição prevalecente da administração relativamente à regulamentação financeira. Ou seja, mesmo tendo mandato fixo, o presidente da SEC também está sujeito a pressões da mudança presidencial.

Antes de ser diretor jurídico da Robinhood, Dan Gallagher também foi comissário da SEC, o que lhe dá a experiência necessária para ocupar a chefia da agência. O executivo também é favorável ao mercado de criptomoedas, o que pode mudar o rigor da SEC com as empresas no setor.

Curiosamente, o setor de criptomoedas da Robinhood, Robinhood Crypto LLC, foi de um processo movido pela SEC no início deste ano. A agência emitiu um tipo de aviso chamado Wells Notice, alegando que a Robinhood cometeuviolações das leis de valores mobiliários.

No entanto, a corretora nega as acusações e diz que sua plataforma de criptomoedas não oferece valores mobiliários, e a medida gerou críticas tanto da indústria de criptomoedas quanto do mercado financeiro em geral.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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