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Cofundador do Ethereum sofre processo por promessas falsas de retorno financeiro

Mais de 20 ex-funcionários da ConsenSys, empresa de infraestrutura baseada em Ethereum, entraram com um processo contra o cofundador e CEO da empresa, Joseph Lubin.

Eles alegam que Lubin violou uma “promessa de não diluição” feita em 2015, resultando na diluição de suas ações de capital e deixando-os com ações de valor significativamente reduzido. Além de CEO, Joseph Lubin desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento e na promoção da plataforma Ethereum desde o seu início.

De acordo com o processo movido em 19 de outubro em um tribunal superior de Nova York, Lubin orquestrou a transferência de ativos críticos, incluindo a amplamente utilizada carteira cripto MetaMask, para uma nova entidade com sede nos Estados Unidos em 2020. Esse movimento efetivamente desvalorizou as ações detidas pelos antigos funcionários.

O processo inclui o banco de investimentos JP Morgan como um dos sete réus, alegando que o banco desempenhou um papel crucial na negociação da transferência de ativos e posteriormente tornou-se um novo detentor de patrimônio na entidade com sede nos EUA.

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No centro do processo está um suposto documento no qual Lubin prometeu não diluir as ações de capital dos funcionários. O documento alegadamente declarava: “É minha intenção que a porcentagem que os membros da ConsenSys recebem não seja diluída por emissões adicionais”.

Cofundador do Ethereum processado

Os autores da ação argumentam que o cofundador do Ethereum não apenas quebrou essa promessa, mas também se beneficiou pessoalmente da diluição, deixando-os com pouco por suas contribuições para a empresa.

Os antigos funcionários, que detinham ações na empresa suíça ConsenSys AG (anteriormente ConsenSys Mesh), alegam que as ações se tornaram “sem valor” após as transferências de ativos. Em resposta às alegações, um porta-voz da ConsenSys classificou as reivindicações como “frívolas”, afirmando que os autores da ação estão tentando buscar ações legais nos EUA após tentativas infrutíferas em um tribunal suíço.

O porta-voz acrescentou que a empresa espera que os autores da ação, que nunca foram funcionários da ConsenSys Software, logo descubram que esse artifício é mais uma tentativa infrutífera de enriquecer à custa do sucesso alheio.

Os ex-funcionários se juntaram a uma versão anterior da ConsenSys fundada pelo cofundador do Ethereum no Brooklyn em 2014. Eles concordaram com salários mais baixos em troca de ações prometidas na empresa.

A versão atual da ConsenSys conseguiu um mínimo de US$ 726,7 milhões de investidores e possui uma avaliação superior a US$ 7 bilhões, conforme declarado no processo.

Este processo não é a primeira batalha legal envolvendo o cofundador do Ethereum e a ConsenSys. Em janeiro de 2023, o Tribunal Superior emitiu uma sentença favorável aos autores da ação, ordenando a nomeação de um auditor para investigar a suposta transferência fraudulenta e a valoração dos ativos transferidos.

Os autores da ação buscam indenizações em seis causas de ação separadas. O valor exato das indenizações será determinado no julgamento.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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