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A correção no preço do Bitcoin (BTC) que começou no final de semana se aprofundou nesta terça-feira (11). De acordo com o CoinGecko, o Bitcoin hoje caiu 3% e chegou a US$ 67.212 no mercado internacional. Já no Brasil, a cotação da criptomoeda desabou 3,5% e chegou abaixo de R$ 360 mil.
Essa correção fez o BTC atingir a maior queda diária em mais de um mês e intensificou as perdas em todo o mercado. De fato, somente sete das 100 maiores criptomoedas não registraram perdas ao longo do dia, com a maior delas sendo da NOT, que perdeu 12,7%.
Ainda no Top 100, o Ethereum (ETH) caiu 3,5% e seu preço chegou a mínima de US$ 3.543, o que também foi a maior perda diária desde 13 de maio. Quem registrou a maior desvalorização do Top 10 foi a BNB, cujo preço perdeu 5,2% do seu valor e chegou até US$ 607. Já são quase 20% de queda desde que a criptomoeda atingiu sua máxima histórica no início de junho.
Outra criptomoeda que caiu após quebrar um recorde de preço foi a TON, que chegou a US$ 6,86 nesta terça-feira – queda de 3% nas últimas 24 horas. A Solana (SOL) caiu 3,1%, XRP teve perdas de 2,4% e a Dogecoin (DOGE) caiu 2,1%.
Apesar do Bitcoin hoje seguir em queda, não se pode dizer que o movimento atual não era esperado. Afinal, parte dessa desvalorização tem a ver com o aumento da força do dólar no planeta, sobretudo após os primeiros cortes de juros realizados pelos bancos centrais.
O Banco do Canadá, por exemplo, cortou suas taxas em 25 pontos-base, saindo de 5% para 4,75% ao ano. O Banco Nacional Suíço também cortou juros em março, e o Banco Central Europeu (BCE) seguiu o caminho canadense e cortou sua taxa em 25 bp, o primeiro corte desde 2019.
Mas a atenção do público está no banco central dos Estados Unidos, que tem a taxa mais alta entre os seus pares. Com uma taxa em 5,25%, mais de 99% do mercado prevê que o Fed não fará alterações em sua taxa de juros na quarta-feira (12). E isso pode causar fortes impactos no preço do BTC.
“Algo que começa a preocupar no preço do BTC nesse momento é a formação de cunha que o S&P500 está fazendo, com forte divergência. Caso essa cunha rompa pra baixo o BTC pode desabar de preço, e o que vai definir se esse rompimento deve ou não acontecer é a nova taxa de juros do Fed”, explicou Fernando Pereira, analista da Bitget.
Se o Fed mantiver os juros elevados, isso tende a dar mais força para o dólar, o que pode fazer os investidores retirar dinheiro dos ativos de risco e migrar para renda fixa americana. E nesse sentido, o Bitcoin pode sofrer uma correção mais aprofundada.
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